Programação contou com palestras sobre compostagem e reciclagem de lixo e teve distribuição de mudas de planta e adubo orgânico produzido no hospital
O público que circulou pelo Hospital São Francisco na Providência de Deus (HSF) nos dias 25 e 26 de junho pôde conhecer mais sobre a importância da separação adequada dos diferentes tipos de rejeitos produzidos tanto em um complexo hospitalar como dentro de casa. “No hospital, temos contêineres específicos para o lixo infectante e para substâncias tóxicas, como latas de tinta e outros produtos químicos. Também fazemos a separação do lixo orgânico e o que pode ser reciclado. Esta é uma ação importante que devemos adotar em nosso dia-a-dia porque assim reduzimos o volume de resíduos levado aos aterros sanitários e contribuímos para o trabalho dos catadores que atuam na cadeia de reciclagem”, explica Vinícius Junger, técnico em Segurança do Trabalho e Meio Ambiente do HSF e um dos organizadores da Semana do Meio Ambiente, que contou com uma programação diversificada sobre o tema. Além de mini-palestras sobre reciclagem e compostagem, houve distribuição de mudas de plantas encontradas no amplo terreno do hospital, que fica em área anexa ao Parque Nacional da Tijuca, e de adubo orgânico produzido por meio de compostagem. Aliás, o processo de compostagem foi tema da palestra ministrada pelo permacultor e designer de sustentabilidade Luiz Brito.
O evento foi oficialmente aberto pelo diretor geral do HSF, Frei Nicolau Castro, que anunciou o início da instalação de placas solares nos telhados dos prédios João Paulo e Santa Isabel, onde funcionam, ambulatórios, internação, o laboratório de análises clínicas, o arquivo médico e a residência das irmãs Missionárias Filhas do Coração de Maria. “Esta medida é mais um passo para que o nosso hospital seja cada vez mais sustentável”, comemorou ele.
Os colaboradores do HSF puderam ainda acompanhar palestras. Amilton Barbosa, que é voluntário do Parque Oficial do Parque Nacional da Tijuca, falou sobre os cuidados com animais peçonhentos e não peçonhentos. “Estamos no entorno da floresta e o meu alerta é de que precisamos conhecer melhor as espécies que vivem na região, para que possamos nos proteger. A ideia não é assustar, mas compartilhar informações. Hoje, animais que antes só eram encontrados na natureza, estão mais presentes na área urbana”, afirmou.
A questão da gestão ambiental em área hospitalar foi abordada pelas engenheiras Eliane Zadminas e Fernanda Corrêa, consultoras da empresa Zad Ambiental. “As pessoas se perguntam sobre a relação da área hospitalar com o meio ambiente. Pensam no meio ambiente como árvores, passarinhos, natureza. Nossa conversa é nesse sentido, de plantar uma ‘sementinha’ de que tudo o que fazemos tem o viés ambiental envolvido”, advertiu Eliane, referindo-se aos impactos ambientais gerados pela atividade hospitalar.
A supervisora de Governança do HSF, Ana Cássia Eugênio Bittencourt, orientou os colaboradores a respeito da reutilização e reciclagem de resíduos comuns hospitalares. “Este movimento e as iniciativas do HSF são muito importantes porque é através do conhecimento que podemos mudar nossos hábitos. Aprendemos que lixo se joga no lixo, mas hoje precisamos mudar essa visão, porque muita coisa que achamos que é lixo pode ser reciclada, pode ir para as cooperativas e depois para as indústrias, gerando emprego, principalmente nas comunidades. Então, quando separamos nossos resíduos, estamos contribuindo para a saúde do planeta e também para o meio ambiente”, ensinou.