Uma nova chance de conquistar qualidade de vida e saúde. Este foi o presente recebido pelo montador de móveis Marcelo Batista, de 38 anos, que passou por uma cirurgia de revascularização do miocárdio, mais conhecida como ponte de safena, no final de abril, no Hospital São Francisco na Providência de Deus (HSF). O serviço de cirurgias cardíacas do hospital, voltado para pacientes do Serviço Único de Saúde (SUS), está completando um ano de funcionamento e já atendeu aproximadamente 500 pacientes.
Pela gravidade de seu caso, o caminho de Marcelo até a realização da cirurgia foi rápido. Cardíaco, ele teve um infarto aos 36 anos e precisou colocar 3 stents. Um ano depois, voltou a sentir fortes dores. “Eu passei um ano com crise de angina, mas achava que ia passar e não procurei atendimento logo. A dor não passou e eu já estava com dificuldade de realizar meu trabalho. Montava um móvel e tinha que parar porque ficava passando mal”, recorda. Quando Marcelo procurou atendimento em uma Clínica da Família, foi logo encaminhado para a internação em outra unidade de saúde. “Eu estava com 4 veias entupidas. Me sentia extremamente cansado e estava cheio de manchas roxas pelo corpo”, conta. Dezesseis dias depois, foi transferido para o HSF, onde foi operado dois dias depois. Marcelo teve alta em menos de um mês. Estava se restabelecendo bem em casa, mas precisou voltar ao hospital por conta de uma crise de rins. Hoje, Marcelo continua a sua recuperação e logo estará liberado para retomar suas atividades.
Transformando vidas
Para o coordenador do serviço de cirurgia cardíaca para pacientes do SUS no HSF, Ulisses Alves, a cirurgia cardíaca é um divisor de águas na vida do paciente e de sua família. “Eu considero que é uma segunda chance para que cada um repense seu estilo de vida mudando a alimentação e deixando de lado o sedentarismo e hábitos nocivos, como o tabagismo. O melhor é que essas mudanças geralmente refletem na família e amigos, que acabam repensando os próprios hábitos também”, comenta.
O cirurgião destaca que o balanço deste primeiro ano de funcionamento é muito positivo. “Começamos este trabalho operando 30 pacientes por mês e, após 6 meses, passamos para 40 cirurgias de revascularização do miocárdio por mês. Oferecemos um tratamento cirúrgico de excelência para os pacientes cardíacos que são encaminhados à nossa unidade”, comemora ele.
Atualmente, a Secretaria Estadual de Saúde encaminha para o serviço de cirurgia cardíaca do HSF pacientes com doença coronariana, para a realização de cirurgia de revascularização do miocárdio ou que tenham sofrido infarto do miocárdio e ficaram internados devido à gravidade das lesões ou que conseguiram estabilidade clínica e foram encaminhados ao ambulatório para realização de cirurgia programada, após a realização dos exames necessários e estabilização do quadro clínico. “A maioria dos pacientes que recebemos é formada por cardiopatas com mais de 60 anos. Entretanto, temos percebido um aumento substancial de pacientes mais jovens, o que mostra a realidade da população acometida cada vez mais cedo por doença cardíaca coronariana”, acrescenta Ulisses Alves.
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