Missa de D. Orani Tempesta e depoimentos emocionados dos pacientes transplantados dão o tom do evento em comemoração ao Dia Nacional de Doação de Órgãos.
Nem o sol, nem o calor de quase 40o afastaram a animação das quase 500 pessoas que se reuniam na Praça Papa Francisco, na manhã do dia 25 de setembro, para comemorar o Dia Nacional de Doação de Órgãos. Foi uma bela homenagem aos doadores e pacientes do Centro de Transplantes do Hospital. O Serviço, inaugurado em 2013 em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde, alcançou recentemente o 2º lugar no ranking de unidades que mais fazem transplantes de rins no Brasil. Já são mais de 500 transplantes renais e 200 hepáticos. “Nossos transplantes salvaram quase 800 vidas”, comemorou o Diretor geral do HSF, Frei Paulo Batista.
Na Missa em ação de graças, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Dom Orani Tempesta, reforçou que a doação de órgãos, seja após o falecimento ou entre vivos é um ato voluntário, que representa a generosidade de querer fazer bem ao outro. “Em nossa sociedade, em que rezamos tanto para enxergar situações em que as pessoas façam o bem, sem se preocuparem apenas com elas mesmas, devemos celebrar, comemorar e agradecer a Deus pelo Dia de Doação de Órgãos”, ressaltou.
Após a Missa, depoimentos de médicos, pacientes e dos representantes do HSF e do Programa Estadual de Transplantes do Rio de Janeiro (PET Rio) emocionaram quem assistia ao evento. Roberto Barbosa, 66, comerciante, que recebeu um fígado de um doador falecido em janeiro deste ano, contou: “Em 2010 recebi a noticia de que eu tinha cirrose. Após três anos de luta, fui transferido para o HSF para que eu pudesse ter a chance de fazer o transplante. Chegando aqui, fui muito bem tratado. Só tenho a agradecer à equipe dos técnicos de enfermagem, aos enfermeiros, à equipe médica”.
Presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos e coordenador médico da Unidade de Transplante Hepático do HSF, Lúcio Pacheco lembrou a importância dos companheiros para que o Centro de Transplantes do hospital se tornasse a referência que é hoje. “Gostaria de agradecer ao Frei Paulo que, há quase 3 anos, acolheu a equipe de transplantes no Hospital, e a Dra. Deise de Boni, coordenadora médica da Unidade de Transplante Renal. O transplante no Rio de Janeiro é, hoje, uma realidade porque a Dra. Deise está há muito tempo se esforçando e batalhando por isso”, destacou.
O coordenador do PET Rio, Rodrigo Sarlo, agradeceu à parceira com o HSF e comemorou os excelentes resultados: “Ao longo desses anos, quadruplicamos o número de doadores e de transplantes, e esperamos assim continuar fazendo”.
Fechando a comemoração, Frei Paulo Batista enalteceu os doadores de órgãos: “Na escala de importância de nossa comemoração de hoje, em primeiro lugar está o doador de órgãos. Estamos falando de heróis e de milagres, de pessoas que se tornarão eternas na vida da gente e do paciente transplantado” e fez um convite a todos os presentes: Sejamos, cada um de nós, doadores…. De sorrisos, de gestos de fraternidade, de perdão e de órgãos”.
Um dia para ficar na história e lembrar que “o Milagre de Vida está em cada um de nós”!