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14 de junho – Dia Mundial do Doador de Sangue

HSF prioriza a segurança de doadores e receptores

Os dados mais recentes do Ministério da Saúde apontam que apenas 1,8% da população brasileira doa sangue. O volume coletado em cada doação varia entre 400 e 450ml, quase nada para quem doa, mas muito para quem recebe! O tema escolhido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para celebrar o Dia Mundial do Doador de Sangue em 2017, “Give blood. Give now. Give often” (Doe sangue. Doe agora. Doe frequentemente!), tem o objetivo de fidelizar os doadores e tornar as doações mais frequentes.

O banco de sangue funciona quase como o coração de um hospital, como explica a Dra. Regina Mendes, Diretora do HEMOLAD, banco de sangue que atende o Hospital São Francisco na Providência de Deus (HSF). “De acordo com as normas da Vigilância Sanitária, todo hospital que tiver Emergência, grandes cirurgias ou maternidade deve, obrigatoriamente, ter uma agência transfusional instalada, com um estoque seguro de sangue, sem o qual não pode funcionar”.

Cada doador é submetido a uma triagem rigorosa. “Há uma triagem clínica, que inclui exame físico, sinais vitais (aferição de pressão arterial, frequência cardíaca, temperatura) e teste de anemia. Em seguida, é feita uma entrevista para verificar doenças prévias e atuais, se está em uso de alguma medicação que o impeça de doar, se tem hábitos sexuais passíveis de colocá-lo em risco ou de transmitir alguma doença, e outras perguntas para que não coloque em risco o paciente que receberá seu sangue. Ele também preenche um Voto de Autoexclusão para informar sigilosamente se acha que seu sangue é seguro, ou não, para ser transfundido”, explica a médica.

Para doar é preciso ter idade entre 16 e 69 anos. Menores (entre 16 e 18 anos) precisam do consentimento dos responsáveis. Entre os 60 e 69 anos, a pessoa só poderá doar se já tiver feito alguma doação antes dos 60. Também é preciso pesar no mínimo 50 quilos e estar em bom estado de saúde.

A diretora do banco de sangue ressalta a importância do controle de qualidade. “Uma parte de todo o sangue coletado é enviado para um laboratório de controle de qualidade para verificar o hematócrito (porcentagem de glóbulos vermelhos), se a bolsa está com bactérias, se há hemólise (alteração, dissolução ou destruição dos glóbulos vermelhos) e se tem os fatores de coagulação presentes. Tudo é feito para que haja a maior segurança possível”, enfatiza.

O sangue de cada doador é testado para determinar o grupo sanguíneo e se o fator RH é positivo ou negativo, e também para doenças infecciosas, como AIDS, sífilis, hepatites C e B, doença de Chagas e HTLV (vírus T-linfotrópico humano, que atinge os linfócitos, células de defesa).

 Verdades e mentiras sobre doação de sangue

– O peso influencia na doação. Verdade! O peso do voluntário deve ser a partir dos 50 quilos;

– Pessoas com tatuagem não podem doar. Mito! É preciso esperar pelo menos um ano antes de doar, tempo adequado para manifestações de doenças contagiosas que possam ser transmitidas pela agulha;

Quem teve hepatite B ou C não podem doar. Verdade! A doação é proibida para quem teve hepatites B ou C. Quem teve hepatite A pode doar, pois não há sequelas;

Gestantes não podem doar. Verdade! As mulheres grávidas não devem doar sangue;

– Idosos não podem doar. Mito! Pessoas até os 69 anos podem ser doadores. Apenas a primeira doação não pode ser feita após os 60 anos;

– Pessoas gripadas e resfriadas não podem doar. Verdade! Quem estiver gripado, resfriado ou com febre acima dos 37° deve esperar passar este quadro.