O arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani Tempesta, celebrou uma Missa em Ação de Graças pelo Dia do Doador de Órgãos, comemorado em 27 de setembro, no Hospital São Francisco na Providência de Deus (HSF).
O evento marcou o início das atividades da primeira Organização de Procura de Órgãos da Zona Norte (OPO), que será administrada pelo hospital. O objetivo do Serviço é identificar possíveis doadores de órgãos para pacientes que aguardam por transplantes. Com a inauguração, estima-se que o volume de captação de órgãos aumente 15% na região. O Serviço atuará em conjunto com o Centro Estadual de Transplantes que, desde 2013, funciona no HSF.
“O Senhor providencia para que as coisas aconteçam quando as pessoas se colocam à disposição do Bem. Fico feliz em ver como o Hospital São Francisco avançou nesse caminho percorrido e, ao mesmo tempo, desejo que tudo que estamos vendo acontecer nos entusiasme para que ainda mais possa ser feito”, afirmou Dom Orani Tempesta. O Cardeal foi o responsável pelo convite que, em 2011, levou a Associação e Fraternidade São Francisco na Providência de Deus a assumir a direção do HSF.
Estado campeão em transplantes
Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, o Brasil é o segundo maior transplantador de rins e fígado do mundo, realizando, entre janeiro e setembro de 2014, 4.221 procedimentos renais e 1.294 hepáticos.
Homenagens
Durante a Missa, pacientes contaram como o transplante salvou suas vidas e fizeram uma homenagem aos doadores. O diretor do HSF, Frei Paulo Batista, ressaltou a alegria de celebrar a missão de cuidar das pessoas. “Quis a Providência de Deus que nos reuníssemos nesta tarde para reforçarmos nosso compromisso com a vida. Não com palavras, mas com atitudes, colocando à disposição de nossos pacientes a nova OPO e, principalmente, muito amor e carinho de uma equipe multidisciplinar que tem paixão pelo ser humano”, afirmou o religioso.
Hospitais mais próximos
Um dos trabalhos da Organização de Procura de Órgãos (OPO) é a conscientização das equipes dos hospitais da Zona Norte e do Centro do Rio de Janeiro para a importância da notificação imediata de possíveis doadores com morte encefálica, mas ressaltando que o Serviço não realiza a distribuição dos órgãos doados. Esse processo é de responsabilidade do Programa Estadual de Transplantes e obedece estritamente a ordem da fila de espera para a cirurgia no Estado.
Fotos: Gustavo de Oliveira – ArqRio