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Diagnóstico precoce de aneurismas é fundamental

Todos os anos, cerca de 6 mil pessoas morrem no Brasil vítimas de aneurismas, segundo dados do Ministério da Saúde. A doença tem como principais características o enfraquecimento e a dilatação de veias e artérias que, se não tratadas adequadamente, rompem-se, provocando hemorragias. Quando descobertos a tempo, porém, os aneurismas têm altas chances de cura.

aneurismas_imgUm dos exames mais eficazes para o diagnóstico da doença é a angiotomografia, que oferece uma análise rápida com visualização tridimensional das veias e artérias do corpo. Com as informações obtidas no exame, o cirurgião vascular pode avaliar se há necessidade de cirurgia.

Aneurismas podem se desenvolver por todo o corpo

Diferente do que se costuma pensar, os aneurismas não são apenas cerebrais; eles podem se desenvolver em qualquer parte do corpo. Os tipos mais comuns são os que acometem a aorta abdominal infrarrenal, as ilíacas comuns (responsáveis pela irrigação sanguínea dos membros inferiores e da pelve) e as poplíteas (veias que transportam o sangue da articulação do joelho, dos músculos da coxa e da porção posterior da panturrilha em direção ao coração).

“Nos casos de aneurisma abdominal, o paciente pode apresentar dor na região com irradiação para as costas e flanco esquerdo e ter a sensação de haver dois corações batendo, um no peito e outro na barriga”, explica o chefe do Serviço de Cirurgia Vascular, Endovascular e Angiologia do Hospital São Francisco, José Marcos Braz. Em outros casos, entretanto, a doença tende a ser assintomática e sua descoberta costuma ser ocasional, durantes exames de rotina. Por isso é fundamental fazer check-ups regulares, principalmente após os 50 anos, quando o problema é mais frequente.

 

Fatores de risco

Não existe uma causa definida para o surgimento dos aneurismas. Pesquisas mostram, porém, que tabagismo, alcoolismo, hipertensão (pressão alta) e sedentarismo são fatores de risco para a doença. Índices altos de colesterol e triglicerídeos também podem apontar para uma maior chance de desenvolver aneurismas, principalmente os degenerativos, isto é, aqueles caracterizados pelo acúmulo de gordura nas paredes arteriais, que acabam endurecendo e dilatando o vaso sanguíneo.

Outro fator muito relacionado à doença é a propensão genética. Estima-se que 15% dos pacientes diagnosticados já tiveram outros casos de aneurisma na família.