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Nosso Centro de transplante de córneas completou um ano. Veja como contribuímos para reduzir a fila de espera no Rio

Do brilho dos holofotes nas quadras à escuridão total e de volta à luz. Assim foi a trajetória do jogador de vôlei Cilber de Lima Santos. Desde os 13 anos, ele sofria de ceratocone, doença ocular degenerativa que pode causar cegueira.

Por volta dos 30 anos, quando atuava como atleta profissional de vôlei, precisou abandonar o esporte por conta do avanço da doença. Anos mais tarde, ele teve uma forte infecção que provocou cegueira nos dois olhos.

Só um transplante de córnea poderia reverter o quadro, o que aconteceu prontamente no novo Centro de Transplantes de Córnea do Hospital São Francisco na Providência de Deus (HSF). Aos 50 anos de idade, Cilber foi paciente número um do centro transplantador que acaba de completar o primeiro ano de funcionamento.

Cilber é apenas um dos mais de cem pacientes que recuperaram a visão graças a um transplante de córneas realizado no HSF. O coordenador do serviço de transplantes de córnea, o oftalmologista Gustavo Bonfadini, afirma que a unidade vai contribuir para reduzir a fila de espera por transplantes. “É importante ressaltar que a realização de transplantes está diretamente relacionada à doação de órgãos e há diversas questões de logística envolvidas, logo o número de transplantes realizados depende também destas questões”, relata o médico.

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Eficiência e modernidade

Além de contar com uma equipe experiente e qualificada, o Centro de Transplantes de Córnea do HSF utiliza equipamentos de última geração, o que garante mais qualidade e segurança aos pacientes.  “O procedimento que realizamos com o microcerátomo permite reduzir a chance de rejeição do órgão e aumentar o potencial de visão para quase 100%, além de acelerar a recuperação do paciente para de 1 a 3 meses”, explica Bonfadini.

Quando o transplante é necessário?

“As principais doenças que levam à necessidade de realização de um transplante de córnea são doenças progressivas e degenerativas como o ceratocone e a distrofia de Fuchs, além de traumas e infecções”, cita o especialista. Qualquer pessoa que deseje ser doador de órgãos pode ajudar a devolver a visão quem precisa. “Não existe restrição em relação a pessoas que tenham feito cirurgias oculares ou que tenham doenças como o glaucoma, por exemplo. Quem tem a intenção de doar os órgãos deve conversar com a família e comunicar essa decisão porque a doação de órgãos precisa ser autorizada pelos familiares”, esclarece o médico.

Aproximadamente 10 mil pessoas aguardam por um transplante de córnea no país, 1.100 delas no estado do Rio de Janeiro.